29 fevereiro, 2008
O meu sem sentido, incorrecto, e não compreendido metodo de me ver o mundo.
Hoje acordei com o pensamento estupendo de quão simplista tenho levado a minha vida.
A simplicidade das rotinas tem dado cabo do meu triste percurso juvenil, o acordar, o trabalhar, o voltar e o dormir, tem sido as constantes da minha triste e pura existência.
A minha "normalidade" total, o meu não querer dar "asas ao meu ser" tem-me aborrecido imenso.
Começo a ter saudades da minha triste aristocracia que muitas vezes me identificava com os meus longos e aborrecidos discursos.
Aborrecidos e longos mas ao mesmo tempo para mim próprio satisfatórios.
Esta tentativa de camuflagem chegou ao ponto de ruptura, farto do tentar simplificar as palavras, quando o que o meu intelecto exige, é, nada mais, nada menos, que uma turbilhante onda de confusão e de complicação.
Complicação esta, que chega a ser mais organizada que a própria organização dos simples.
Estranho ou não, esta forma quase diatónica de escrever, de uma tentativa idiota de mostrar o quão revoltado, mas satisfeito, estou comigo mesmo.
É chato, acordar de manha e acordar já farto do dia que vem hoje, como o de amanha e como o de ontem.
Pois, eu mesmo que passe pelas indefinidas aventuras as quais chamo "vida" sinto-as a passar-me completamente ao lado.
E se, por acaso alguém está a entender o que quero para aqui escrever, perceberá por certo, que falado é mais fácil compreendido que escrito.
Viva as frases mal feitas que definem o meu ser.
O estupido texto que prefiro que passem a frente e que nem leiam, e só está cá por um pequeno descargo de consciencia.
27 fevereiro, 2008
Danço no vento um murmurio,
Danço no vento um murmúrio,
Numa praia longínqua do meu íntimo.
Cruzo as ondas aladas,
e no horizonte, deito-me numa nuvem de mimo.
Olho para as estrelas quando anoitece.
E conto-as com os meus olhos,
Quando uma se apaga não me entristece
Pois a vida é um ciclo que recomeça logo.
Suspiro e imagino,
Todo o esplendor do mundo.
Cruzo todos meus pensamentos
E transformo-os num pensamento surdo e mudo.
Como uma águia voo neste meu cantinho,
Danço canto salto
O meu mundo em sobressalto
lentamente se transforma num velhinho.
Fecho os olhos e sorriu,
Não há razão para entristecer,
O mundo é um ciclo
E só quero ver novamente o anoitecer
Nas mais puras entrelinhas,
Só os mais puros conseguem deduzir.
Que aquelas estrelinhas,
São crianças a sorrir.
Troco as voltas a este poema,
Pois gosto de nele brincar,
O meu mundo é pequeno
Todos são convidados a entrar.
Não vale a pena tentar perceber,
O meu confuso pensamento,
Pois acabaras por te perder
A qualquer Momento.
No meio das minhas estrelas,
No meio das minhas praias,
Vejo longínquas velas,
de barcos a se aproximarem.
Estes são os meus habitantes,
Vem-me conhecer,
São visitantes constantes,
E alguns não quero perder.
É giro este meu coração,
Que alberga tanta gente,
É um mar de emoção
que aparece subitamente
E pensar assim é uma droga,
Emaranhar-me no meu pensamento
Vou voltar a deitar-me
E contar as estrelas do céu.
É engraçado esta forma simplista de viver,
O viver fácil e agradável,
Inspirador e satisfatório.
Um mundo formidável...
sem dúvida...
23 fevereiro, 2008
Tento contorna-lo mas muitas vezes não tenho força.
Tento ir buscar aos meus mais estreitos recantos e não encontro, Ou a que encontro muitas vezes não é suficientemente forte para mim."
Muitas vezes a humanidade na sua triste existencia,
Acaba por ser um atrio de solidão,
Não existe ninguem feliz,
Nem tu, nem ele, nem eu.
É triste como nos olhamos,
E como muitas vezes nos magoamos,
A guerra, o racismo, o pudor,
Tudo isto é como um veneno que nos infecta.
Para que tenho eu que subjugar aqueles que estão abaixo de mim,
Para que?
Será assim tão necessario utilizar a maldade para poder ter os meus meros cinco minutos de poder?
Não vejo eu, de tão racional que sou, que tudo aquilo que faço é como um veneno para a sociedade?
A humanidade vai continuar-se a afundar nesta falsa democracia,
E neste falso sentido de liberdade,
Onde cada pomba invade o espaço da outra,
Onde cada alma transpõem as auras de outrem.
E eu tenho pena,
E na minha propria solidão choro,
Choro pois o mundo podia ser utopico,
Mas as acções que fazemos dia a dia não o transformam em tal."
O verdadeiro milagre é ter-se fé nos homens e eles não nos desiludirem.
18 fevereiro, 2008
A noite do solitario
Escrevo o que a alma me incentiva,
Tento mostrar o meu proprio Bashõ
Mas de tres linhas nada consigo retirar.
O Fundamentalismo do espirito, a Fé depressa me inunda,
Aos poucos a luz me afoga o coração,
E a paz da natureza desejo para mim.
O equilibrio farto do vento,
E a sinestesia do sol,
Faz-me ver a perfição do mundo e a perfeição é tão circular que nem eu proprio a sei identificar.
Acredito não num poder superior,
Mas na minha propria alma,
E, ao contrario de muitos, tenho fé não para me salvar da morte, mas sim para a abraçar.
Que interessa viver a vida com medo de algo que é tão certo,
Quando o que realmente é importante é a preparação
E o brilhantismo para quando ela chegar.
A paz espiritual aos poucos me inunda,
Como uma pequena taça a chuva
E eu tão feliz e aberto abraço-a como uma criança beija o vento.
Quase como uma empopeia esta vida é,
Bela e serena se a souber-mos guiar.
Ser-mos nos os nossos proprios idolos,
Ajudar a refinar o grande final.
A morte... a morte é o sentido da vida, pois para se viver, para alem de se saber nascer, temos que saber morrer
17 fevereiro, 2008
13 fevereiro, 2008
Ferias
06 fevereiro, 2008
02 fevereiro, 2008
Tenro
Sem metaforas ou outro qualquer recurso estilistico.
Frases curtas e soltas.
Concretas...
Sem qualquer obra ou espaço para imaginar.
E assim apartir de hoje vais escrevinhar.
Nada de historias,
Nada de balelas,
A emoção fica a porta,
Aqui escreves apenas as medidas das ruelas.
Não quero que inventes a parede não é um sentimento.
Escreve apenas como queres o seu revestimeto.
E o Pavimento!!!
É feito pura e unicamente de cimento.
Este portugues é agora o teu, aprende esta linguagem.
Curta.
Coesa
Concreta,
O portugues tecnico não pode ser uma proeza.
É isto, e o que é o é
Não é nem flores, nem cavalos, nem chuvas, nem amores
É um predio um edificio, e a unica magia é não o fazeres Ruir.
Não deveremos nos ao faze-lo sentir?