O que raio faço eu neste local,
Tão rodeado de coisas que não entendo
Não percebo as pessoas,
Vivo sempre com medo.
Tento mudar o que está mal,
Sempre que mudo só pioro,
Tento alcançar o tal,
sempre a custo do choro.
Não consigo entender,
Não me consigo aceitar.
Sinto me constantemente a perder.
Pairando inconscientemente no ar.
A vida só me prega partidas,
fui quase sempre o abandonado,
Perdido nas quinas do mundo.
Esquecido e olhado de lado.
Tento encontrar o meu lugar,
Embora ele pareça distante,
Começando a perder a vontade de lutar
E Perdendo quase neste instante.
Só facas a atravessar o meu coração,
Com tanta ferida ja não é solido.
Tenho um buraco chamado solidão,
Que me afecta quando estou sóbrio.
Esquecer por vezes é melhor,
ou viver no desconhecido,
A ilusão que nos embala,
e por vezes me mantém aquecido.