-Parece que tu tambem me desculpas-te! – disse Jack sorrindo para Farisca – depois deste arranhão pensei que ainda fosses ficar zangada comigo uns tempinhos!
A gata desceu do ombro de Jack e foi até Grey onde saltou para cima do cesto e deu com a pata na abertura abrindo-o.
Um leque de sandes de frango e sumos saltaram a vista:
-Bem eu disse a minha mãe que hoje eramos mais um e ao que parece ficaram mais dois para o almoço – disse Grey olhando para Farisca.
Sentaram-se todos no porão de madeira e ao brilho do lago começaram a almoçar.
Grey dizia piadas porcas e todos se riam, Jack ria-se com eles embora acha-se algumas delas um pouco exageradas.
Mirian estava sempre disposta a servir Jack quando este acabava uma sandes, e a conta desta sua disponibilidade Jack acabou por comer umas 3 sandes de frango.
Farisca roubou uma sandes ao grupo e depressa a devorou, começou então a saltar tentando apanhar as borbuletas douradas que se encontravam na margem do lago.
Sarah olhava muitas vezes para a cascata pensativa, parecia que tinha alcançado outra realidade naquele lugar.
Estava como Jack a tinha encontrado naquela manha, serena e calma, sem grandes alaridos nem discuções.
O sol ia alto e haviam alguns passaros que esvoaçavam pelo meio das arvores.
Todo o grupo lentamente ia adormecendo por entre as sombras das arvores.
Mirian adormeceu com a gata ao seu colo, Grey todo esticado dormitava a sombra de uma arvore com Sarah ao seu lado.
Jack ia suavemente fechando tambem os olhos deixando-se levar pela acalmia daquele local.
O vento suave batia-lhe na face e o sol dava-lhe uma moleza que nunca antes sentira, os passaros pareciam começar a cantar uma musica de embalar que ele ouvia quando era pequeno.
Com o passar dos poucos segundos Jack ouviu um ruido por entre os arbustos que circundavam o lago.
Abriu lentamente os olhos e ao longe visualizou uma cria de Veado.
Jack levantou-se calmamente e dirigiu-se para ele sem acordar ninguem.
Os seus poucos chifres desenvolvidos brilhavam ao sol e Jack sentia uma grande necessidade de tocar no pelo daquele animal.
O som da agua caindo nas pedras brancas, orquestrava aquele momento.
O veado aproximou-se de Jack e cheirou-lhe a mão.
Ambos ficaram cara a cara por breves segundos ate que o contacto visual foi quebrado por um pequeno corvo ja conhecido de Jack que esvoaçou de uma arvore em direcção ao cimo da cascata.
Quando Jack reparou a cria tinha desaparecido:
-Então... viste o teu primeiro veado por aqui não foi? – disse Sarah que se tinha levantado e encontrava-se atras dele.
-Bem... parece que sim – disse Jack sorrindo.
Mirian, Grey e Farisca continuavam dormitando.
Sarah caminhou ate ao porão e tirou os seus tenis e mergulhou os pés em agua.
Jack seguiu-a e fez o mesmo:
-Então Jack que me contas...
-bem... o que é que queres saber – disse Jack sorrindo e olhando para Sarah.
-Bem... onde é que a arranjaste – disse Sarah olhando para tras e olhando para Farisca.-
Jack olhou para Farisca e os seus olhos ficaram um tanto quanto palidos.
-Tudo começou a dois anos no dia 3 de Janeiro...
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