16 novembro, 2008

Pedaços de papel


Ela tinha desaparecido... não havia volta a dar, aquele tragico acidente tinha mesmo que acontecer.
O destino assim o quis, embora não o quisesses.
Agora choras na tua solidão enquanto arrumas aquilo que te fazia lembrar... lembrar aqueles momentos em que ambos passaram, em que ambos estavam em sintonia, deixas escorrer uma lagrima pela tua fase... uma lagrima que representa tantas outras.
Não queres compreender a decisão da vida, porque é que haviam-te tirado aquela pessoa deste mundo, porque é que destruiram toda uma familia, porque?
As perguntas saltam-te a cabeça como as lagrimas te saltaram quando o soubeste.
Pensas tantas e tantas vezes naquilo que podiam ter feito e não fizeram, arrependeste tantas vezes daquelas palavras mais duras que por momentos disseste, talvez ate te arrependas de teres entrado na sua vida como uma rajada de vento, talvez se não tivesses entrado ela ainda estaria aqui... entre nos.
A agonia mata-te solenemente ate que por fim visualizas entre todas aquelas fotos e memorias um papel amachucado...
Embora nunca o tenhas visto sentes que ele lá tenha estado sempre, começas a desdobra-lo e sentes aquela presença familiar, os traços da escrita faziam-te recordar quem amavas.
"Estarei sempre contigo" estava lá escrito, aquelas palavras ecoaram-te na cabeça, nunca mais as iras esquecer, embora tenham estado ali desde o inicio, parece que o destino ja sabia para o que estavas guardado, embora ela ja não estivesse aqui presentemente o seu amor por ti seria eterno.
Começas a pensar agora que tens sorte, tens sorte porque embora ela tenha deixado este mundo, nunca irá deixar o amor que tem por ti.
Por isso escreves um papel e rasgando-o lanças ao vento, talvez ela assim tal como tu leia o mais profundo dos vossos corações.
"Espera por mim, vou a caminho"

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