Mais um dia a que volta a minha insonia,
Desço as escadas e como uma Peça de fruta,
enquanto sento-me na sala e observo as brazas da lareira,
escondido na escuridão que inunda todo aquele espaço.
Não consigo tirar alguns assuntos da minha cabeça,
Principalmente aquele que me tem posto mais a pensar,
Parece uma doença,
que ao mesmo tempo sei que não consigo curar.
Espero eternamente a mensagem que não chega,
espero hoje conseguir adormecer,
mas parece que mais uma noite me nega,
O direito de me esquecer...
Sou consumido lentamente por este fogo vazio,
Que eu ate posso dizer se chamar paixão,
esta tormenta escura e reluzente
Que dilacera o meu coração.
Entrei no meu quarto com aquela luz azul a piscar,
Talvez seja aquele constante tilintar que me acorda,
os sons que de lá de baixo vem-me assombrar,
enquanto a imagem dela se me recorda.
Sinto-me uma pequena criança assustada,
A mudança é algo consumidor,
tenho minha alma enlatada,
divida entre odio e amor.
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