13 setembro, 2007

Irmandade

Quando olhou no espelho partido daquela eferma casa de banho, reparou que ja não embainara mais a arma para outro ser vivo, jazido no chão estava o inimigo, cujos olhos ja não despertavam quaisquer ritmo fulgoso de vida.
Menino pequenino, soldado grande, retirar a vida a uma mão cheia de outros meninos, mas agora isso para ele não lhe importava.
Saiu daquela ruina, daquela secção de casa ensanguentada, pintada em tons de papoila, e procurou por os seus irmãos.
O silencio ruidoso da casa silenciada, era mais estridente que um milhar de metralhadoras a dispararem contra si, mas o menino pequenino continuo sossegadamente por entre o corpo jazido do inimigo que se encontrava espalhado pelos recantos inospidos de uma escadaria despedaçada.
Subindo as escadas solenemente viu uma mão.
Um irmão jazia agora tambem por entre as alianças da morte, e outro pendurado pela sua mala no varão despedaçado surgitando do chão e ainda outro agora esburacado na secretaria ensanguentada.
O menino não tinha irmãos, mas não era orfão, pois a guerra só faz orfãos os grãos de areia que retira dos pés da liberdade.

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