09 fevereiro, 2010

Pó de Estrelas

 Por vezes gostava de desaparecer,
 De me desvanecer por entre os vossos olhos,
 De deixar de me sentir parte deste mundo incompleto,
 De deixar de me sentir um estranho no meio de iguais.

 Porque eu sou como o vento,
 Sempre o fui,
 Carregado de ares de um novo mundo,
 De esperanças e de sonhos, que desvanecem em cada acção minha.

 Tenho saudades tuas,
 Saudades de quando eu era eu e tu eras tu,
 Agora sou apenas mais um, entre os muitos que são muitos.
 Esses muitos não são nada mais do que o nada que me rodeia.

 Ja não sou especial, nunca o fui talvez,
 Ja não tenho alguem a quem chamar amigo...
 Apenas muitas caras que me sorriem porque eu existo...
 Ja não me chega o vosso amor, não percebo o quanto me dão, mas não é suficiente.

 Preciso de falar palavras que não me saem da boca,
 Preciso de chorar lagrimas que talvez nunca existiram,
 Preciso de me sentir um coração vazio e sombrio...
 Ou talvez não precise de nada disso... apenas de um sorriso amavel e de um ombro comodo onde chorar

 Tenho saudades da estabilidade que eu proprio me proporcionava...
 Agora vejo as paredes do meu mundo a desmoronarem-se e eu fico isolado no meio deste meu mundo em ruinas...
 Que tu uma vez chamaste de Farol, que muitos uma vez deram confiança...
 E agora vivo com sonhos de um fantasma do passado a quem eu chamava de Eu.

 Gostava de saber a quantidade de Ar que estas bolsas retem...
 porque no final da canção meus amigos... no final da canção...
 Quando o meu coração cessar
 As minhas ultimas palavras serão... "somos nada mais do que pó de estrelas"

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