18 abril, 2011

E afinal...

 E afinal começo a pensar o que raio quero fazer deste espaço... se o apague e passe todos os seus dados para papel, se pura e simplesmente o deixe ficar aqui a flutuar e a ocupar espaço ou se o enterre junto com as minhas memorias.
 A realidade é que não sei, não faço a minima ideia de como sepultar algo que não sei se ainda existe em mim, não sei se quero continuar a mostrar um pouco do meu verdadeiro eu ao mundo, ou se pura e simplesmente o esconda por detras de todas as camadas que ja criei.
 A verdade é que mesmo tentando ser uma pessoa alegre, não consigo deixar de retirar toda a melancolia e tristeza que faz parte da minha pessoa, todas as duvidas e confusões, todas as magoas que me ocupam o ser.
 A definição que faz parte de mim ja não faz parte mais, ja não sei o que me define nem sei o que me torna no meu eu, talvez esteja apenas numa fase (de entre tantas outras fases que ja tive) a fase mais estranha pela qual estou a passar.
 A Indefinição com que me encontro gera em mim o suprasumo das sensações, as quais são pura e simplesmente uma ilusão que eu proprio crio, e sinceramente por vezes nem sei o que sinto, nem sei o que estou a sentir nem o porque o estou a sentir.
 Na realidade sou apenas mais um parvo neste planeta que tenta encontrar uma razão para ser, viver, sentir, amar.
 Porque na realidade ninguem me conhece e provavelmente eu não conheço ninguem, apenas conchas.
 Eu só conheço conchas e as pessoas só conhecem a minha gigantesca concha...

 Por isso:

 No fundo do ser, 
 Existem tantas historias,
Algumas que eu quero conhecer
Outras que ja nem tenho memoria

 Por vezes o gesto de partilhar,
 Cruza mais um olhar de emoção
 É o começo de conhecer
 Mais um pouco do coração

 É a vergonha de dar
O que realmente somos
Ter medo de mostrar
Os nossos pequenos sonhos.

É termos medo de comprovar
Aquilo que significamos,
Sermos objectos de magoar,
Sermos todos autenticos estranhos.

1 comentário:

Anónimo disse...

"Porque na realidade ninguem me conhece e provavelmente eu não conheço ninguem, apenas conchas."

adorei a tua escrita e gosto sempre de ler o que escreves, eu também ando desligada do meu blog mas isso são fases da nossa vida mas não apagues ;)*