20 setembro, 2011

 O que raio faço eu neste local,
 Tão rodeado de coisas que não entendo
 Não percebo as pessoas,
 Vivo sempre com medo.

 Tento mudar o que está mal,
Sempre que mudo só pioro,
 Tento alcançar o tal,
sempre a custo do choro.

 Não consigo entender,
 Não me consigo aceitar.
 Sinto me constantemente a perder.
 Pairando inconscientemente no ar.

 A vida só me prega partidas,
 fui quase sempre o abandonado, 
 Perdido nas quinas do mundo.
 Esquecido e olhado de lado.

 Tento encontrar o meu lugar,
 Embora ele pareça distante,
 Começando a perder a vontade de lutar
 E Perdendo quase neste instante.

 Só facas a atravessar o meu coração,
 Com tanta ferida ja não é solido.
 Tenho um buraco chamado solidão,
 Que me afecta quando estou sóbrio.
 Esquecer por vezes é melhor,
 ou viver no desconhecido,
 A ilusão que nos embala,
 e por vezes me mantém aquecido.

 

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