05 dezembro, 2006

Mundos

Entre sombras e abismos,
grades e muralhas,
espadas e paredes,
Encontro-me num mundo em que tudo me prende.

Muralhas que de pedra não são,
Aprisionam todo o meu saber,
Aprisionam a minha paixão,
De tanto querer conhecer.

Grades que de ferro não são,
Encerram a minha alma,
Fecham a minha missão
De conhecer o mundo como a minha palma.

Espadas que não estão afiadas,
Mas que ferrem a minha mente,
Na cabeça estão enfiadas,
deixando-me doente.

Abismos mais fundos que os fundos,
Que nunca me deixam aterrar,
Pois quando neles começo a cair,
O meu cerebro só quer parar.

Mundo que es cruel,
para quem quer que sejas
Nas tuas mãos tens o papel
De trazeres ao mundo quem te mude.

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