23 fevereiro, 2008

"A cada passo que dou deparo-me com um obstaculo,
Tento contorna-lo mas muitas vezes não tenho força.
Tento ir buscar aos meus mais estreitos recantos e não encontro, Ou a que encontro muitas vezes não é suficientemente forte para mim."

Muitas vezes a humanidade na sua triste existencia,
Acaba por ser um atrio de solidão,
Não existe ninguem feliz,
Nem tu, nem ele, nem eu.

É triste como nos olhamos,
E como muitas vezes nos magoamos,
A guerra, o racismo, o pudor,
Tudo isto é como um veneno que nos infecta.

Para que tenho eu que subjugar aqueles que estão abaixo de mim,
Para que?
Será assim tão necessario utilizar a maldade para poder ter os meus meros cinco minutos de poder?
Não vejo eu, de tão racional que sou, que tudo aquilo que faço é como um veneno para a sociedade?

A humanidade vai continuar-se a afundar nesta falsa democracia,
E neste falso sentido de liberdade,
Onde cada pomba invade o espaço da outra,
Onde cada alma transpõem as auras de outrem.

E eu tenho pena,
E na minha propria solidão choro,
Choro pois o mundo podia ser utopico,
Mas as acções que fazemos dia a dia não o transformam em tal."

O verdadeiro milagre é ter-se fé nos homens e eles não nos desiludirem.

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