29 fevereiro, 2008

O meu sem sentido, incorrecto, e não compreendido metodo de me ver o mundo.

Hoje acordei com o pensamento estupendo de quão simplista tenho levado a minha vida.
A simplicidade das rotinas tem dado cabo do meu triste percurso juvenil, o acordar, o trabalhar, o voltar e o dormir, tem sido as constantes da minha triste e pura existência.
A minha "normalidade" total, o meu não querer dar "asas ao meu ser" tem-me aborrecido imenso.
Começo a ter saudades da minha triste aristocracia que muitas vezes me identificava com os meus longos e aborrecidos discursos.
Aborrecidos e longos mas ao mesmo tempo para mim próprio satisfatórios.
Esta tentativa de camuflagem chegou ao ponto de ruptura, farto do tentar simplificar as palavras, quando o que o meu intelecto exige, é, nada mais, nada menos, que uma turbilhante onda de confusão e de complicação.
Complicação esta, que chega a ser mais organizada que a própria organização dos simples.
Estranho ou não, esta forma quase diatónica de escrever, de uma tentativa idiota de mostrar o quão revoltado, mas satisfeito, estou comigo mesmo.
É chato, acordar de manha e acordar já farto do dia que vem hoje, como o de amanha e como o de ontem.
Pois, eu mesmo que passe pelas indefinidas aventuras as quais chamo "vida" sinto-as a passar-me completamente ao lado.
E se, por acaso alguém está a entender o que quero para aqui escrever, perceberá por certo, que falado é mais fácil compreendido que escrito.
Viva as frases mal feitas que definem o meu ser.



O estupido texto que prefiro que passem a frente e que nem leiam, e só está cá por um pequeno descargo de consciencia.

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