imagino-me por vezes um barco a vela, em que n tenho motor, remos, nada a nao ser uma gigantesca vela e um casco resistente.
Os meus unicos meios de locomoção são pura e simplesmente o vento ou as correntes...
tenho um receio enorme de não fazer a minima ideia em que buraco estou metido.
Olhó a minha volta e nao vejo um unico porto de abrigo, um unico pedaço de terra ao qual posso chamar de escapatoria.
Tenho medo de que o vento me empurre para uma direcçao que nao goste, para um caminho mais perigoso, para um furacão ou tempestade.
Tenho medo de não conseguir controlar nenhum ponto da realidade que se abate em mim neste momento, de ser arrastado pelas forças mais negras que me poderao atingir, de estar a perder o unico leme que me guia e de um dia acordar e estar virado ao contrario.
Sinceramente, mas mesmo muito sinceramente, vivo melhor sozinho e isolado, sinto que controlo melhor o meu destino.
Tenho pena hoje tou pensativo... enfim mais palavras sem sentido.
1 comentário:
Continuas à procura da tua rota, do teu caminho, de ti mesmo. Consideras-te quase como que à deriva num mar (de incertezas e indecisões), apenas guiado pela força do vento e das correntes (quase posso dizer que és guiado pelas opiniões das pessoas que te rodeiam e pelas consequências quer dos teus actos quer dos actos dos outros).
No entanto reconheces que tens " uma gigantesca vela e um casco resistente". Este é o motivo pelo qual tu podes e vais vencer a tua batalha. Usa a vela como escudo de protecção das tempestades indesejadas e depois como ajuda no retomar de um novo rumo (o teu rumo); o casco és tu mesmo. És forte e resistente, não podes deixar que qualquer vento ou onda te danifique. Sê firme, sê tu mesmo. Se para isso precisares de uns momentos sozinho fá-lo no teu porto de abrigo, mas n te deixes isolar para sempre no meio de um mar infinito e por vezes cruel. Retoma a tua rota ou parte em busca de um novo caminho que te leve ao teu verdadeiro porto, à tua liberdade, à tua felicidade.
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