Começou a correr atras dela.
Saltou por cima das poças, por cima de muros, mas esta não parava e olhava para tras com um tom de gozo.
Ate que chegaram a um pequeno descampado e a gata toda sorrateira correu para uma caixa de cartão que estava caida por debaixo de uma arvore.
Jack parou o passo e começou a caminhar lentamente para a caixa.
A gata parou de miar.
Achando aquela situação estranha Jack caminhou ate chegar a caixa e quando olhou lá para dentro começou a tremer com o cenario que se deparava.
Um mar de sangue mergulhava quatro gatinhos bebes e sua mãe.
Cortados ao meio e sem expressão, os gatinhos pareciam ter sido atacados por algum tipo de predador.
A gata olhava para os irmãos e dava-lhes com a suave patinha para ver se eles respondiam as suas inocentes brincadeiras.
Chegou ao pé de sua mãe e começou a miar, molhando-se com o sangue ainda fresco que escorria dos seus suaves corpos.
Jack soltou uma timida lagrima do olho e estendeu os seus braços para a gata.
O coração estava destroçado por ver tal imagem e não queria acreditar qual animal horrendo tivesse feito tal atrocidade.
Ao agarrar na pequena gata, Jack fora atacado por tras.
Caiu por cima da caixa espalhando os pequenos corpos e manchando-se com sangue.
Um cão rafeiro grande de pelo castanho claro e com uns tens temerosos olhava com um ar de odio para Jack.
A gata tinha saido dos braços de Jack e estava agora perto do corpo de um dos seus irmãos.
O cão olhando para a gata, saltou-lhe para cima, mas Jack com tal rapidez e instinto agarrou num pau que se encontrava a seu lado e levanto-se a velocidade de de um chita meteu-se a frente da gatinha e deu com o pau no corpo do cão que ja ia no ar.
Projectando o cão para o seu lado direito e salvando a gatinha.
Jack começou a transpirar, mesmo com a chuva.
O arrufar ofogante do cão assustava-o, e seus olhos vermelhos de sangue prepararam-se para dar uma nova investida, desta vez não contra a gata mas sim contra Jack.
Agarrou no seu pau com todas as suas forças e esperou o salto do cão.
O cão saltou e não conseguindo acertar com o pau Jack foi empurrado para o chão pelo animal.
Foi automatico, o cão tentou lançar-se ao pescoço de Jack com o intuito de o matar, mas a gata que ate então tinha sido protegida pelo Jack tomou posição.
Saltou para cima do perigoso animal arranhando-lhe um olho.
Este tirou a atenção de Jack que tinha um cotovelo a sangrar devido a queda e passou a seguir a gata com os olhos.
A gatinha olhou para o cão com uma nova expressão que Jack nunca lhe tinha visto.
Os seus olhos embicaram um pouco e miou de uma maneira agressiva.
Jack levantou-se e agarrou novamente no pau.
O cão parou 2 metros a frente da gata e tomou posição de ataque.
A gata sentada olhava para o cão sem se mover.
O ceu começou a ficar escuro, e longe ouviam-se trovões.
Rafeiro e sem vergonha, o cão saltou para cima da gata com a boca ferozmente aberta.
Mas enquanto ia no ar, um relampago atingiu-o electrizando-o em agonia.
O corpo agora caido junto dos gatinhos que matara, era mais um animal sem vida no olhar.
A gata levantou-se e começou a caminhar em direcção oposta a Jack.
Cabisbaixa, a cria caminhou ate ser agarrada por umas mãos que entoavam segurança.
Jack manchado de sangue na roupa, embrulhou-a na sua camisola e saiu caminhando lentamente do parque:
-Não olhemos para tras, o que foi, foi e agora nos os dois vamos preocupar-nos em ser o que será – disse sorrindo para a gata
Esta olhou-o com um ar surpreso e começou a aconchegar-se nos seus braços.
-So te falta arranjar um nome – disse Jack olhando para o ceu que começara a ficar mais claro – visto teres tido a sorte de um relampago... vou chamar-te Faisca!!
A gata olhou para Jack com um ar estranho, e um pouco desagradada com o nome que Jack lhe havia escolhido:
-Ok ok secalhar tens razão, Faisca é demasiado habitual, hummmm ja sei! – disse sorrindo novamente – Farisca, a fusão de Faisca com Raio embora só tenha a letra da ultima palavra.
A gata fez um som que se assemelhava a um sorriso e aconchegou-se nos braços de Jack uma vez mais.
Ambos caminharam para casa, juntos preparados para viverem em comum.
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