10 maio, 2007

Um Olhar a Dois XIV

Os dois foram trocar de roupa, ele vestiu umas outras calças de ganga e vestiu uma t-shirt vermelha, ela por alguma razão vestiu uma saia ate aos joelhos preta e um top preto tambem.

Jack seguiu ate a cozinha e meteu um avental azul que por lá andava, começou a cozer o arroz e a fritar os dois bifes, tudo muito simples, pratico e facil.

Começou tambem a fazer a gelatina, só para fazer a vontade a Sarah.

Quando acabou de preparar o jantar agarrou em dois pratos e dirigiu-se a sala de estar que tinha uma mesa de madeira macia.

Por mais impressionante que fosse Jack nunca tinha entrado na sala da casa, e quando entrou ficou espantado.

Copias identicas a de quadros famosos como a Monalisa de Leonardo da Vinci, Nascimento de Venus de Botticelli e ainda Os Girassois de Van Gogh, todos espalhados pelas quatro paredes daquela sala que continha uma enorme janela para o lago.

Jack passou por um grande sofa azul escuro, e chegou a mesa onde pousou os dois pratos e olhou para Sarah.

O seu coração começou a bater muito depressa, pois a beleza que Sarah transpunha era maior do que alguma vez Jack havia visto.

Jack sentou-se ao pé de Sarah e começaram ambos a comer no silencio da noite.

A lua escondia-se por detras de uma nuvem e pouco a pouco iam surgindo estrelas que eram perfeitamente visiveis da janela.

O lago estava sereno, e nada perturbava a serenidade que existia naquele local:

-Então Sarah... diz-me uma coisa, porque é que vieste para este local afinal? – perguntou Jack com o intuito de fazer conversa

Sarah permaneceu calada por momentos a olhar para o prato e depois olhou para ele e respondeu:

-Coisas minhas Jack... coisas minhas... – disse voltando a comer.

Jack calou-se e vendo que Sarah ficara perturbada com a pergunta decidiu nunca mais perguntar o que a levara a estar naquele sitio.

Ambos acabaram de comer e Sarah num acto que não estava a espera levantou os dois pratos e colocou-os na cozinha.

Poucos minutos depois voltou para a sala com uma taça com gelatina de morango e sentou-se no sofá azul.

Jack levantou-se da mesa da sala e sentou-se ao seu lado:

-Então rapaz da cidade, nunca tiveste nada com aquela rapariga porque? – perguntou Sarah a Jack pousando a tigela no chão.

-Bem... nunca iria dar aquilo que ela realmente queria... o amor é algo complicado Sarah

-Complicado? Jack o amor não é complicado, nos é que complicamos – disse Sarah esboçando um sorriso.

-Eu não concordo, por exemplo, uma rapaz gosta de uma rapariga e o rapariga dá a entender que gosta do rapaz mas nunca lhe diz isso na cara, o rapaz vive sempre no precalço de ela gostar ou não dele. Como é que alguem vai tomar um passo importante quando não sabe se ganha ou perde no jogo do amor.

-Jack, ai está! O rapaz nesse caso complicou, em vez de abrir os seus sentimentos e revelar aquilo que realmente tem no coração, escondeu-se. O amor é como tudo na vida, quem não arrisca nunca ha de petiscar!

Jack ficou a olhar algum tempo para Sarah meio pensativo:

-Diz-me Jack... alguma vez te apaixonaste a serio por alguem, alguma vez tiveste alguem na tua vida

Jack calou-se e olhou para a janela ficando a observar o lago:

-hum.... Alguma vez deste um beijo em alguem? – perguntou Sarah rindo-se

Jack começou a ficar estremamente corado e começava a tentar evitar o contacto visual.

-Jackkkkkk!!! Responde, que eu tou curiosa! – disse Sarah metendo as mãos na cara de Jack – vá olha para mim e responde! – puxando a cara dele para olhar para a dela.

Jack virou a cabeça e olhou para Sarah cujos olhos castanhos estavam a olhar directamente para os seus:

-Bem eu nunc... – e nisto algo aconteceu.

Sarah não deixou Jack acabar a frase, deixou levar-se a si beijando-o nos labios e assim ficou durante uns segundos.

Jack que ao principio ficou de olhos abertos completamente surpreso, lentamente fechou os olhos e sentiu pela primeira vez um beijo de uma rapariga.

O calor que lhe subia pelo coração era algo magico, era como se fosse a lua e o sol tudo ao mesmo tempo.

Sentia frio e calor, sentia que o tempo tinha parado e que por breves momentos ele estava num sitio qualquer que não aquele, um sitio melhor, mais justo, mais belo, mais calmo, um sitio mais armonioso.

Quando os labio de Sarah descolaram dos de Jack, ela olhou-o nos olhos sorrio, deu-lhe um beijo na testa e disse “agora ja podes dizer o que é e o que não é complicado” saindo da sala, e dirigindo-se para o seu quarto sem deixar que Jack proferisse uma palavra sequer.

Jack seguiu-a com os seus olhos ate ela desaparecer pelo corredor, deixou-se escorrer pelo sofá e ficou imaginando o beijo que Sarah lhe tinha dado.

Por alguma razão Jack começava a sentir algo pela rapariga dos olhos castanhos, não sabia o que, mas gostava do que sentia.

Perguntava a si mesmo como é que alguem que conhecia a 2 dias podia ter aquele efeito em si, mas quanto mais procurava pela resposta, mais dificil se tornava a encontra-la.

Jack fechou os olhos e semi deitado no sofá deixou-se estar com um sorriso de orelha a orelha.

Passaram largos minutos, e Jack continuava deitado no sofá imaginando aquele momento magico.

O som do honoravel silencio dava um gosto especial ao momento, Jack sabia que nunca iria esquecer os olhos castanhos.

Deixou-se ficar assim ate ter sido perturbado por Farisca que lhe saltou para o estomago e começou a miar perturbavelmente.

Jack abriu os olhos e viu a gata olhando-o directamente nos olhos com um ar de “tu ate pareces que tas na maior!”

Jack levantou-se do sofá e quando se ia dirigir para o seu quarto para sonhar com o sucedido ouviu, do lado de fora da casa alguem a cantar.

Uma voz femenina e que Jack conhecia entoava algo armonioso, tão belo que parecia que o atraia.

Jack dirigiu-se a janela da sala e abriu-a.

Uma rapariga vestida de branco e com um veu a tapar-lhe o cabelo cantava junto ao lago.

Jack por alguma razão sentiu necessidade de a seguir, correu para a porta de entrada, abriu-a devagar para não acordar Sarah e caminhou lentamente para a rapagia.

Farisca foi mesmo atras de Jack.

Sem comentários: