09 novembro, 2008

Nas incertezas do meu profundo


Foi quando olhei para o espelho e vi-me, que me aprecebi do que era afinal, senti o meu sangue a fervilhar quando consegui decifrar todo aquele meu sorriso.
Não percebi bem o que queriam dizer todos aqueles traços no meu rosto, apenas aprecebi-me do que me andavam a consumir dia apos dia...
Não é algo negativo vamos a ver... este sentimento que dia apos dia me enevoa a cabeça e o coração, não deixa espaço para certezas e inunda-me num mar de duvidas e ilusões.
Talvez são essas ilusões que me fazem por vezes ficar radiante... talves esteja mesmo a viver de ilusões...
Sinto que escrevo por alguma razão, sinto que procuro algo mas não sei bem, talvez esteja a negar todos os traços do meu rosto... ou então tenho medo de ferir a minha alma e de sangrar ate me esvaziar por completo.
A realidade é que esta ilusão em que me afogo faz-me sentir confortavel, e talvez seja este conforto que procure.
Não quero magoar ninguem pois mesmo eu tenho medo de me magoar, não tenho medo de estar sozinho, embora saiba que no fundo tudo o que esteja a dizer seja mentira.
Provavelmente estou a ser alguem egoista que devia acordar e preceber realmente o que estou a fazer.
Não me reconheço já... tento desembaciar a minha imagem mas por cada vez que lhe passo a mão mais distorcido fico.
Qualquer dia vou ser incapaz de esconder as lagrimas e tentar perceber exactamente o que aqui escrevi, não tenho intenções de voltar a tocar neste assunto, não tenho intenções de voltar para a realidade, resta-me agora o medo de descobrir o meu caminho na realidade, o medo de um dia preceber a pessoa que sou e não gostar da imagem que vejo...
Não posso ser uma pessoa boa quando me deixo afundar neste conforto, não posso ser bondoso quando estou a pensar mais em mim do que nunca.
Resta-me esperar que a minha lua me ilumine e me mostre o meu verdadeiro caminho.

"O coração não é um labirinto, o pensamento é que o distorce"

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