12 outubro, 2009

Há Dias



 Há dias tão tristes,
 Tão vazios,
 Tão sem vida,

 Dias em que o mundo parece parado,
 Cinzento até... como uma tela a preto e branco,
 Em que as cores escorrem misturando-se em sombras.

 Há dias em que o que vemos são os contornos,
 Dias em que a chuva cai mas não molha,
 Em que há cinzento na nossa cara.
 Mostrando sem demora que a morte se abate sobre nos a cada segundo.

 Tristes horas, silenciosos minutos,
 Demorados a passar pela rotação do relogio de pulso.
 Em que tudo é um grito silencioso de agonia,
 por entre todos os momentos em que passo neste local sombrio.
 
 Onde a cor desaparece gradualmente dando lugar ao cinzento.
 E eu não consigo distinguir neste local o bem do mal.
 Melancolia dos dias em que me sinto triste,
 Passada lenta dos segundos.
 Tristes Fantasias que me correm criando do meu sentimento um mundo.

 Tudo tão parado... (suspiro)
 Sinto que a água do Rio está tão suspensa no tempo quanto eu.
 E que tudo no seu lugar movendo-se continua sem sair do mesmo sitio.

2 comentários:

Emanuel disse...

Haja poeta!

Anyra disse...

X) eheheh, não pares de escrever por favor! esses teus poemas....... alguns é como sair da Terra e olhar ca para baixo e ver o que sempre vimos e nao queriamos ver....